30 abril, 2012

Peço desculpas pela falta de atualização do blog esses dias. O tempo anda muito corrido.
Saudadeees do blog de todos, prometo dar uma passadinha em cada um  e atualizar os meus posts logo, logo.

Beijoos mil.;*

20 abril, 2012

Os dias que não posso evitar


Prever algo só faz sentido se for bom. Não é o meu caso. Nada mais faz sentido e sentir-se perdida no meio de um quarto cor-de-rosa com um leve cheiro de jasmins vindo daquele incenso que pus sobre a cômoda de livros, já é algo que faz parte da minha rotina. Sinto algo que vai muito além de previsão e mais ainda de pressentimento, a fraqueza que absorve cada pedaço do meu corpo e da minha mente, quando penso que irei passar por mais uma fase funesta da minha vida. E o pior, sem ter pra onde correr.
Ninguém desconfia desse meu lado debilitado de ver e viver as coisas, faço questão de fingir sorrisos e simpatias, e acima de tudo coragem. Meu orgulho quase sempre nunca falha, é ele que me dá forças pra seguir a estrada de cabeça erguida e peito estufado, embora minhas pernas não saibam ainda que direção seguir. Sou estrangeira em terra de alegria, vim de lá dias atrás e não sei quando volto. Também não sei para onde vou. Só sei que não quero ir, embora minhas vontades não me obedeçam há tempos. 
Fecho os os olhos, sinto na boca o gosto salgado das lágrimas que imploraram para serem derramadas. Paciência-soluços-paciência-força-paciência-fé-paciência-calma-paciência-suspiros. É preciso que antes do tudo e nada, haja paciência pra enfrentar os próximos tortuosos dias, levando em consideração que paciência pra mim nunca foi algo tão fácil de se ter. 
Sempre soube que escolhas erradas nunca levam a um bom lugar. E hoje me encontro aqui, em um lugar em que não queria estar, fazendo o que não queria fazer, com sentimentos que não queria sentir. Tarde demais. Levar até o fim é o meu máximo, não posso desistir. Ainda que seja preciso retirar desesperadamente qualquer sobra de coragem e esperança de algum esconderijo perdido dentro do meu âmago. Que há de ter.
Amanhã, mais um dia. Mais uma luta. Mais um pesar. Mais uma inútil tentativa de olhar o meu mundo com outros olhos.

16 abril, 2012

O que sobraria de nós

De mais ou menos eu não queria. Assim estávamos nós. Às vezes mais, às vezes menos. Muito menos do que mais e esse estado inconstante já estava sendo maçante demais pra mim. Eu sei que tudo se resumia em uma ausência de compreensão e muito mais de paciência pra nós dois. E eu não queria chegar num ponto crucial, o ponto em que os nossos olhares não suportassem mais se cruzar. 
Você pensa que não, e nem tenho razão pra mentir, mas gosto muito de você. Eu sei que é difícil entender quando os interesses não vão ao mesmo encontro, mas existem sentimentos que nem sempre e nem todos são capazes de traduzir. Eu não entendia teu sentimento, você não entendia o meu e tudo isso situava-se num plano muito mais alto que a nossa própria razão. Razão esta que nem tínhamos mais. Prevíamos uma coisa que não tínhamos coragem de fazer. Ou tínhamos medo. Não sei.
Era preciso que alguma atitude fosse tomada, então dei o primeiro passo. Acabou. O pouco que restava entre nós, acabou. Para que não nos acabássemos, embora fosse quase inevitável pra você, era preciso que o nosso quase-relacionamento chegasse ao fim. E digo 'quase' porque pra mim nunca foi consumado, tudo foi acontecendo independente das minhas vontades.
Olhar em seus olhos daquele dia em diante não seria fácil, mas eu sei que alguma coisa boa, depois de todo esse tempo, haveria de ficar entre nós. Quem sabe as boas lembranças, os bons momentos, os sorrisos, os presentes, as cartas, ou somente mesmo a saudade.  
Sem dores sigo agora o meu caminho. Sem dores espero que você siga o seu. E que algum dia, ao nos encontrarmos novamente, seja com largos sorrisos e abraços sinceros que nos cumprimentaremos e, sem ressentimentos, vamos lembrar de tudo e ter a certeza de que fizemos a escolha certa.