29 julho, 2012

O que virá

Minha vista cansa toda vez que penso em escrever sobre você. Meus dedos enrijecem e os pensamentos parecem não querer fluir. Fomos e somos um tanto complicados. Nosso passado não nos deu base para o presente e estou fraca demais para reconstruir planos. Você fala de amor sem sabê-lo exatamente e estou prestes a te dizer que não, você não sabe o que é o amor, entre nós dois há, na verdade, um sentimento indefinido, inexplicável e intenso. Intenso como nós. Intenso como todos os momentos que vivemos.
Não me abrace agora, eu preciso tirar do peito o que sufoca a garganta. Eu preciso gritar para amenizar toda a bagunça residente em mim desde a última vez que nos encontramos. Não consigo te olhar com os mesmos olhos de menina de 3 anos atrás. Eu mudei, você mudou, de formas diferentes mas mudamos. De repente nada mais é o que gostaríamos que realmente fosse e o tempo acaba levando parte de nossos sonhos e fé. 
Não me venha com discursos clichês, já passei dessa fase de acreditar em palavras bonitas e aparentemente verdadeiras sem realmente as serem. Gosto de transparências, elas não falham. Desculpe minha posição exigente e um tanto egoísta, é que as circunstâncias, nesse caso, me fizeram assim.
Torço para que o vento nos traga coisas excepcionalmente boas, e que em uma tarde de um verão qualquer ainda possamos ver aquele por do sol com abraços sinceros e doces sorrisos. Porque sim, eu sei que é possível.


14 julho, 2012

Indestrutível


Cuide de quem corre do seu lado
E quem te quer bem
Essa é a coisa mais pura. 
(Charlie Brown Jr.)

É que eu não queria me sentir balançada, desestruturada, envolvida. Eu não queria acreditar que o nosso amor fosse concreto, mas você faz de tudo possível para fazer dele algo extremamente visível aos meus olhos. Perco o domínio de minhas atitudes e você toma as rédeas da situação. Não tem jeito, lá estou eu a me perder por um caminho sem saber exatamente aonde vou chegar.
Pelo menos segura bem forte a minha mão, eu só não quero me perder de você. A cada dia reconheço que o nosso amor já virou algo inerente a nós.

05 julho, 2012

Saudade


Não que fosse tão difícil de suportar, mas é que às vezes sinto uma saudade absurda de você. Torceria de pé para que tudo isso não passasse de uma hipérbole, mas o aperto no peito me confirma que não e começo a achar arriscado todo esse sentimento escondido, que eu nem sabia que tinha. Digo arriscado no sentido de não saber em que estágio estamos. Ah claro, porque muitas vezes nos fazemos de cegos, surdos e loucos para fingir que somos imune ao amor, como se isso fosse realmente possível. Então você vai para algum lugar que desconheço e fica por lá uns dias. Enquanto eu, fico aqui a ler livros contemporâneos, revistas de moda e culinária e assistir a uns filmes de comédia-românticas já que nada mais me resta além de uma reles férias de quinze dias. 
Bem no meio da noite, quando os cobertores sabem exatamente a função de esquentar o meu frágil corpo em um clima de frio, você me liga e diz que está com saudades também. Faço o maior esforço, juro, para que não transparecesse que era tudo o que eu precisava ouvir, mas a essa altura o meu risinho baixo e lascivo já me definiu. Assim como o seu acabou de se definir para mim.
E assim vamos tendo certeza que, de todos os nossos embaraços, distância e saudade ainda são os impasses mais doloridos. 

02 julho, 2012

Caberá ao nosso amor o que há de vir. ♪

Já de tanto teimar comigo, deixei meu outro lado vencer. Deixei me levar por suas palavras e permiti que o amor nos envolvesse. Até deixei você me segurar pelas mãos e me levar pra ver o pôr do sol. 
Quando meu outro lado se pronunciar, juro que te aviso antes. Não esqueça que instabilidade emocional é o meu forte, mas enquanto sou fraca, admito que gosto de você de um jeito inexplicável e intraduzível. 
E caminhamos assim, do jeito que o amor quiser nos levar.